Soja encerra pregão em queda
A sequência de quatro dias de baixa foi sustentada por expectativas positivas

A soja encerrou o pregão desta quarta-feira (25) em queda na Bolsa de Chicago (CBOT), pressionada pelas boas condições climáticas para as lavouras nos Estados Unidos. Segundo a TF Agroeconômica, esse cenário impulsionou uma nova rodada de vendas técnicas, com os contratos de julho recuando 2,05%, ou -21,50 cents/bushel, para US\$ 1025,25. Já o contrato de agosto caiu 1,98%, cotado a US\$ 1029,50. O farelo de soja para julho recuou 1,60% (US\$ 276,00/ton curta) e o óleo caiu 0,67%, fechando em US\$ 51,82/libra-peso.
A sequência de quatro dias de baixa foi sustentada por expectativas positivas para o desenvolvimento das lavouras no Meio-Oeste americano. Mesmo com temperaturas mais altas do que o normal, chuvas oportunas foram registradas e a previsão estendida até 14 dias indica um clima ainda mais favorável. O mercado também se antecipou ao relatório de área cultivada, que será divulgado no dia 30 de junho, com expectativa de aumento leve na área plantada com soja nos EUA.
Outro fator que pressionou as cotações foi o início do aviso de entrega dos contratos de julho, ocorrido nesta quinta-feira (26). Esse movimento normalmente gera volatilidade e ajustes nas posições dos investidores, intensificando as oscilações de curto prazo.
Apesar da pressão climática e da demanda chinesa fraca, com a China postergando compras da safra 2025/26, o mercado segue atento a notícias do Brasil. A recente aprovação do aumento da mistura de etanol (E30) e de biodiesel (B15), válida a partir de 1º de agosto, pode provocar um aumento da demanda por milho e soja. Caso se confirme uma escassez de grãos, isso pode reverter a tendência de baixa, elevando os preços no mercado físico brasileiro e internacional.